Após 16 anos, o São Paulo volta a conquistar um título. Este título foi o tão perseguido Campeonato Paulista, foram muitos times formados após o último título estadual (2005) que deram esperanças ao torcedor, mas a unanimidade é que todos deram frustração para a torcida. Mas não nesta noite.
Para quem achou que seria fácil, restava apenas um obstáculo para chegar ao troféu, nada mais nada menos que o Palmeiras, atual campeão da Libertadores da América, da Copa do Brasil e até algumas horas atrás defendia o título Paulista. O alviverde foi o carrasco do tricolor desde 2015, com goleadas no Parque Antártica, eliminações em estaduais com times inferiores ao do São Paulo, gols de cobertura, queda de tabu no Morumbi, entre outros fatores fizeram essa final tão especial para o São Paulo.
Na última temporada, com o clube sendo candidato forte ao título Brasileiro, estando em algum momento com sete pontos de vantagem do vice-líder, com Daniel Alves, o jogador mais vitorioso da história do futebol, Brenner e Luciano, jogadores que saíram da reserva do Fluminense para titulares absolutos no tricolor paulista, o treinador muito questionado Fernando Diniz podendo calar os críticos. Mas o tricolor mais uma vez havia deixado escapar.
Mas este ano a promessa foi de que não haveria mais zoação por parte dos rivais, o tricolor levaria algum caneco. Projeto começou com uma estruturação de elenco, trazendo jogadores experientes e vencedores como Éder, que foi campeão na Internazionale/ITA e no Jiangsu Sunning/CHN; Miranda, zagueiro que disputou duas copas do mundo com a Seleção Brasileira, campeão na Espanha e na Itália em times grandes (Atlético de Madrid e Internazionale), e campeão chinês no Jiangsu Sunning/CHN, além de ser ídolo do tricolor, tricampeão Brasileiro e agora campeão Paulista. Esses jogadores vencedores se juntaram com outros jogadores "com fome" de títulos, como Luciano, Arboleda, Bruno Alves, Volpi, entre outros jogadores que nunca tiveram numa posição de destaque em um clube tão gigante como o São Paulo. Também, somaram com os talentos de Cotia, a base vitoriosa do São Paulo que vem conquistando torneios de categorias de base no Brasil e no exterior, deram mais gás ao clube. Por último, mas não menos importante: A volta de Muricy Ramalho ao clube e a chegada do promissor técnico Hernán Crespo, que veio de um time pequeno da Argentina para tirar um dos maiores clubes do mundo da fila, no país com o campeonato mais disputado do mundo.
Hoje é o dia que marca uma nova geração de são-paulinos, torcedores que incentivados por sua família que viu a era de ouro do tricolor, o auge dos dois maiores jogadores do São Paulo (Raí e Rogério Ceni), estes trazendo três Libertadores, três Mundiais, e inúmeros títulos nacionais e estaduais. Mas seus filhos não viram esse São Paulo, viram um clube que vivia do passado, que se dizia "soberano" mas que não brigava por títulos há muito tempo, viu o São Paulo sofrer goleadas vergonhosas contra seus rivais (principalmente Palmeiras), muitos que não tinham tido o prazer de comemorar um título do seu time, mas o momento de vocês tricolores, enfim chegou.
As suas glórias vêm do passado para dar inspiração ás glórias que virão no futuro. Um clube muito bem amado, por muita gente, a terceira maior torcida do Brasil, o único Brasileiro que nunca voltou do Japão sem o título mundial, um dos maiores do mundo.
Tu és forte, tu és grande, e hoje no estado de São Paulo podemos dizer algo que os são-paulinos estão loucos para gritar: Dentre os grandes, és o primeiro!
Parabéns ao São Paulo, campeão Paulista de 2021, o vigésimo-segundo de sua história soberana.
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